quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Aids na terceira idade

Em 10 anos, a incidência de aids na população com mais de 60 anos teve um aumento de 50%, segundo o Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde. Esse número não chega a surpreender, uma vez que a chamada terceira idade possui hoje maior expectativa de vida e é mais ativa sexualmente do que a de décadas passadas. Porém, um dado chama a atenção: a maioria das pessoas idosas é diagnosticada com HIV/aids tardiamente, quando a doença já está instalada. E dessas, 37% morrem um mês após o diagnóstico.
“O diagnóstico da aids na população idosa é muitas vezes dificultado porque tanto o idoso quanto seus familiares e profissionais de saúde tendem a não cogitar a possibilidade de aids nessa faixa etária”, afirma Mariângela Simão, diretora do Programa Nacional de DST e Aids. “O acolhimento da pessoa idosa pela equipe de saúde assume um papel de grande importância, tanto no reconhecimento de casos vulneráveis, como para delinear e acompanhar um plano terapêutico, levando em conta outras doenças associadas”, explica a diretora do PNDST/Aids, que este ano definiu como tema da Campanha de 1º de dezembro a aids na terceira idade.

Fonte: www.http://aconteceunovale.com.br/

Acompanhamento cuidadoso

O Programa Nacional de DST e Aids recomenda que o tratamento do idoso seja sempre interdisciplinar, incluindo geriatria, psicologia, serviço social, enfermagem, farmácia, fisioterapia e nutrição, entre outros. “Precisamos estimular o paciente a seguir o tratamento, adequando-o às atividades diárias. E reconhecer os idosos como sujeitos aptos a cuidar de sua saúde, sem infantilizá-los”, diz Mariângela Simão. Ela sugere que os profissionais de saúde, em função das dificuldades de visão dos idosos, usem letras de tamanho visível, de preferência de fôrma, nas prescrições, e, sempre que necessário, encaminhem o paciente para avaliação oftalmológica. E mais: “Por conta das falhas de memória, o profissional deve verificar se as informações foram bem apreendidas e sugerir estratégias que minimizem possíveis esquecimentos no uso da medicação, como despertadores, lembretes com bips no celular e tabelas com horários e doses”, aconselha.

Exames mais freqüentes

A psicóloga Marlene Zornitta que trabalha no Hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e acaba de concluir dissertação de mestrado sobre o tema, alerta os médicos sobre as implicações clínicas que podem surgir com a escolha dos anti-retrovirais. “Os idosos podem sofrer de doenças pré-existentes e comorbidades clínicas, sem falar dos para-efeitos da medicação, que costumam ser mais intensos em pacientes com mais de 60 anos. Além disso, é preciso estar atento às interações farmacológicas entre os ARVs e os outros medicamentos utilizados”, ressalta a psicóloga.
O fato é que muitas doenças típicas do envelhecimento, como as infecções respiratórias e o comprometimento neurológico, também são comuns em pacientes com HIV, condoença fundindo o profissional de saúde e dificultando o diagnóstico. “É importante oferecermos um atendimento diferenciado para esta população, com uma maior interação com a geriatria e a clínica geral e exames mais freqüentes, uma vez que as infecções nessa faixa etária tendem a se desenvolver com maior velocidade”, sugere Valéria Ribeiro Gomes, infectologista do Hospital da UFRJ e do Hospital Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Preconceito prejudica o tratamento

Outro reflexo da infecção pelo HIV que é potencializado em pessoas com mais de 60 anos é o preconceito. “Os sentimentos de culpa e vergonha surgem com mais intensidade nessas pessoas, uma vez que são percebidas como ‘assexuadas’ pela população e pelos profissionais de saúde. Muitos optam por esconder acondoença até das pessoas mais próximas. A relação médico-paciente, bem como o suporte da equipe que o atende, são fundamentais ao sucesso do tratamento”, explica a psicóloga Marlene Zornitta. “Temos que tentar trazer a família para perto, desde que o paciente concorde”, completa a infectologista Valéria Ribeiro Gomes.
Estímulo ao uso do preservativo

Dados de uma pesquisa de 2005 revelam que apenas 37,5% das pessoas acima de 50 anos usam preservativos com parceiros eventuais. “Precisamos estimular mais o uso de preservativos nesta população, que está cada vez mais sexualmente ativa. O acesso às informações específicas para pessoas mais velhas vai tornar as escolhas possíveis (usar o preservativo, se cuidar ou correr o risco). O não acesso às informações representa uma privação de liberdade substantiva”, afirma Marlene Zornitta. “Sabemos que as pessoas que hoje estão na terceira idade iniciaram sua vida sexual num contexto em que não existia a aids e, por isso, não se reconhecem como um grupo vulnerável ao HIV. Estimular o uso de preservativos é a única forma de minimizarmos o impacto da aids nesta população”, conclui Mariângela Simão, do PNDST/Aids


Fonte: http://saberviver.org.br/

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Alimentação e Saúde

Para se ter saúde é preciso fazer uma alimentação saudável, já que a alimentação ajuda a ter energia para andar, pensar ou trabalhar, além de ajudar a crescer, a renovar as células do organismo e a prevenir doenças, por exemplo. Desta forma, a alimentação contribui para se alcançar o equilíbrio que é preciso para se sentir bem com o corpo e a mente e, este equilíbrio envolve uma alimentação equilibrada, variada, completa e saborosa. Além disso, a prática de atividade física regular e a realização de atividades de lazer, que tragam bem- estar, são importantes para o individuo ter saúde.

Princípios de uma alimentação saudável

www.dietaenutricao.com.br


Para se ter saúde é importante seguir algumas orientações, como:
Fazer uma alimentação completa: ingerindo diariamente fruta, legumes, leguminosas, cereais, carne ou peixe e lacticínios;
Fazer uma alimentação equilibrada: comer maior quantidade de alimentos pertencentes à base da pirâmide, como cereais, frutas, legumes e verduras e menos quantidade dos alimentos que se encontram no topo, como gorduras e açucares;
Fazer uma alimentação variada: optando por escolher alimentos diferentes dentro do mesmo setor, comendo maçã ao almoço e laranja ao jantar ou consumindo carne e massa numa refeição e peixe e batata em outra;
Beber pelo menos 1,5L de água por dia ou chá sem açúcar;
Restringir o consumo de sal a 5g por dia, não devendo acrescentar sal aos alimentos, sempre que possível;
Preferir comer alimentos de origem biológica, sem conservantes e aditivos;
Evitar o consumo de refrigerantes, bolos, chocolates, compotas e balas, optando por consumir em dias festivos; Comer de 3 em 3 horas, evitando o jejum prolongado. Os alimentos fornecem nutrientes, que são as substâncias que precisamos para nutrir o organismo, como, proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais, fibras e água e, cada um deles possui funções específicas e fundamentais para o seu bom funcionamento, como dar energia ou renovar as células, por exemplo.

Funções da alimentação

A alimentação tem um papel muito importante na saúde, pois: Dá energia, que é essencial para andar, pensar, estudar ou brincar, por exemplo; Previne o surgimento de doenças; Contribui para o crescimento e renovação dos tecidos, principalmente dos ossos e músculos; Ajudam a regular todos os órgãos, como os batimentos do coração ou a temperatura do corpo, por exemplo. Assim, só fazendo uma alimentação saudável é que é possível manter o organismo equilibrado e com saúde. Além disso, a alimentação saudável contribui para se manter o peso corporal adequado e o IMC adequado, evitando doenças como hipertensão, colesterol elevado ou diabetes tipo 2, por exemplo.


Autora: Tatiana Zanin Nutricionista

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Velhice

Fonte: www.outraspalavras.net

A velhice é uma fase marcada por alterações biológicas, psicológicas e sociais significativas. Essas alterações dependem basicamente da interação entre o estilo de vida adotado pela pessoa, sua estrutura psicológica e fatores hereditários. Apesar de haver pessoas idosas que revelam grande vitalidade, mantendo plenas suas atividades físicas e psíquicas, também observamos muitos casos em que estão presentes debilidades, naturalmente causadas pelo desgaste orgânico, fazendo com que o idoso necessite dos cuidados de outras pessoas no que diz respeito à locomoção, alimentação e hábitos de higiene. Tal condição reduz o convívio social e pode provocar constrangimento e sentimentos de incapacidade, baixa auto-estima, inutilidade e dependência, além da angústia por se aproximar o final da vida. Nas últimas décadas, os avanços da medicina, o acesso à informação e alguns programas sociais de esclarecimento e prevenção na área da saúde, aliados à constante busca do ser humano pelo rejuvenescimento, vêm proporcionando um aumento na expectativa de vida. Essa situação, embora caracterize um avanço para a humanidade, tem agravado os problemas de ordem emocional normalmente esperados na terceira idade. A ideia culturalmente arraigada de que o idoso não tem mais condições de produzir como um jovem e possui dificuldades para se adaptar a novas situações, faz com que cada vez mais, pessoas absolutamente ativas sejam excluídas do mercado de trabalho, ficando expostas a conflitos que podem levar à depressão. Dados da OMS indicam que 10% a 15% das pessoas com depressão estão acima de 65 anos. Nessa fase da vida, alterações psicológicas também surgem como reflexo da aposentadoria. Tal situação, quando o idoso não preenche o tempo com algo que faça com que se sinta útil, tende a provocar sentimentos de auto-desvalorização e marginalização na estrutura social. Outra vivência difícil é a natural perda do cônjuge, causando solidão e angústia. No final da vida, por motivos variados, muitos idosos são hospitalizados ou institucionalizados. Alguns estudos revelam que os idosos nessas situações, apresentam mais sintomas de depressão do que aqueles que vivem com seus familiares. Todas essas alterações bio-psico-sociais podem desencadear quadros depressivos, trazendo outra preocupante situação que é o alto índice de suicídio de idosos, que tende a aumentar com a idade, principalmente com relação aos homens.

Autor: Wagner Luiz Garcia Teodoro

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Mulher infarta diferente do homem

Sintomas e como tratar o ataque cardíaco feminino

Mulheres são as principais vítimas de uma doença cardíaca fatal. Mas então por que tudo o que é aplicado pelos médicos, em termos de diagnóstico e tratamento, é derivado de pesquisas com homens? A American Heart Association, organização norte-americana para estudos de cardiologia, se fez essa pergunta e, finalmente, divulgou um relatório que detalha o ataque cardíaco feminino.

Infarto em mulheres é diferente

A American Heart Association é uma importante associação que traça muitas das diretrizes seguidas por médicos ao redor de todo o mundo. Recentemente ela veio a público, através da divulgação de um relatório, para falar sobre as características do infarto em mulheres. O motivo para isso, segundo a cardiologista Laxmi Mehta, responsável pelo documento, é muito simples: apesar de a doença cardiovascular ser a principal causa de morte entre mulheres – ainda mais que entre os homens – tudo o que é aplicado em termos de diagnóstico e tratamento é baseado em estudo feito com homens.
Apesar de um certo atraso na divulgação dessas informações, o relatório chama atenção para pontos importantes do tratamento da mulher. Por exemplo: mulheres têm mais chances de ter tipos “diferentes” de infarto e o acompanhamento de um psicólogo durante o tratamento pode fazer uma diferença e tanto.

Sintomas

Além da típica dor no peito, o relatório esclarece que mulheres podem ter outros sintomas, muitas vezes até desacompanhado do aperto no peito, são eles:

Palpitação;
Dor nas costas;
Dor nos ombros;
Dor na mandíbula e no maxilar;
Ansiedade;
Sudorese intensa;
Indigestão;
Fôlego curto;
Náusea;
Vômitos.

www.melhorcomsaude.com


Causas de infarto em mulheres

Alguns riscos são mais proeminentes entre as mulheres. Há evidências de que a diabetes tipo 2, a pressão arterial, o estresse emocional e a depressão influenciam no aparecimento e no curso da doença.

Tipos de infarto feminino

A maioria dos infartos femininos é causada por uma artéria coronária bloqueada, mas elas também podem ter, com maior frequência que os homens, outros tipos de infarto, causados pelo espasmo ou rompimento de um ou mais ramos das coronárias. Elas não procuram ajuda médica. Ainda de acordo com o relatório, as mulheres tendem a minimizar os sintomas de um infarto com mais frequência que os homens. Segundo os especialistas, elas costumam acreditar que o sintoma é temporário ou que não é urgente, preferem se consultar com um médico de família antes ou têm vergonha de que os sintomas não sejam sérios.

Consequências


As mulheres também têm mais chances de ter depressão em decorrência do infarto e não é raro que elas não terminem a reabilitação cardíaca (tratamento que leva alguns meses) em função das responsabilidades com trabalho, família e falta de suporte. Segundo Mehta, as mulheres dão muito apoio aos maridos doentes, estimulando a realização correta do tratamento, mas, infelizmente, elas não têm o mesmo cuidado quando se trata da própria saúde. Isso pode interferir na recuperação da doença cardíaca, mais favorável entre os homens. As mulheres também têm maiores chances de ter sangramento e reinternação após a cirurgia

Fonte: http://www.bolsademulher.com/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Hanseníase

A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Foi descoberta em 1873 por um cientista chamado Hansen, o nome dado a ela é em homenagem ao seu descobridor. Entretanto, esta é uma das doenças mais antigas já registradas na literatura, com casos na China, Egito e Índia, antes de Cristo.

A doença é curável, mas se não tratada pode ser preocupante. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, e há várias campanhas para a erradicação na doença. Os países com maiores incidência são os menos desenvolvidos ou com condições precárias de higiene e superpopulação. Em 2011, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 33 mil casos da doença. A transmissão do M. leprae se dá através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Não há transmissão pelo contato com a pele do paciente. Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.

Fonte:  http://enfrmagemsaude.blogspot.com.br/


SINTOMAS

A hanseníase acomete primeiro a pele e os nervos periféricos, e pode atingir também os olhos e os tecidos do interior do nariz. O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos. Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área. Podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; e pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros. Além disso, são identificadas quatro formas clínicas da doença:

Hanseníase indeterminada

Estágio inicial da doença e muito comum em crianças. Quando começa nesse estágio, apenas 25% dos casos evoluem para outras formas.

Hanseníase Tuberculóide

Forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma ou poucas manchas pálidas na pele. Ocorre quando a patologia é paucibacilar (com poucos bacilos), ou seja, não contagiosa. Alterações nos nervos próximos à lesão, podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular.

Hanseníase Borderline

Forma intermediária da doença. Há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensas, em alguns casos é difícil precisar onde começa e onde termina.

Hanseníase Virchowiana

Forma grave da doença, multibacilar, com muitos bacilos, e contagiosa. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista, e envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, poderá fazer uma biópsia da área ou pedir um exame laboratorial para medir a quantidade de bacilos. O exame identifica se a hanseníase é paucibacilar, com pouco ou nenhum bacilo; ou multibacilar, com muitos bacilos. É importante lembrar que a hanseníase é uma doença totalmente curável, e não há motivo para preconceito. É importante ficar atento aos sinais e procurar o dermatologista, ele prescreverá o tratamento adequado.

TRATAMENTO

O Tratamento é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Antibióticos são usados para tratar as infecções, mas o tratamento completo é em longo prazo. Nas formas mais brandas (paucibacilar) demora em torno de seis meses, já nas formas mais graves (multibacilar) o tempo é de um ano ou mais. Há alguns medicamentos específicos e combinações que são prescritas pelo médico. Alguns não podem ser tomados por grávidas, por isso avise o médico em caso de gravidez. É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz e permite a cura da doença, caso não seja interrompido. A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.

PREVENÇÃO


A melhor forma de prevenir a doença é mantendo o sistema imunológico eficiente. Ter boa alimentação, praticar atividade física, manter condições aceitáveis de higiene também ajudam a manter a doença longe, pois, caso haja contato com a bactéria, logo o organismo irá combatê-la. Outra dica importante é convencer os familiares e pessoas próximas a um doente a procurarem uma Unidade Básica de Saúde para avaliação, quando for diagnosticado um caso de hanseníase na família. Dessa forma, a doença não será transmitida nem pela família nem pelos parentes próximos e amigos.